Estás sentado na tua cadeira onde te despedes do tempo, esse tempo que o Outono leva nos ventos do norte.
Dessa cadeira onde a melancolia te balouça, os sinos te despertam para as ave-marias, onde a tua alma se recolhe num misto de remorso e paz, e rezas que o falcão te leve, numa dessas alvoradas trajadas de cristais.
As folhas caem naturalmente, e esse Outono te toca, quando fechas os olhos e te entregas, numa metamorfose que não deixa morrer.